Algumas levam até sete anos para identificar sintomas e começar o tratamento

Estima-se que 10% das mulheres em idade fértil sofrem de endometriose. Sua principal complicação, a infertilidade, ocorre em mais de 30% das pacientes. Mesmo com o aprimoramento dos exames de imagem, o diagnóstico é difícil e demora em média sete anos.

A endometriose ocorre quando um tecido semelhante ao endométrio (revestimento interno do útero) é encontrado em outros órgãos do corpo da mulher, principalmente os órgãos pélvicos. Isso pode acontecer nos ovários, nas tubas uterinas, na bexiga, no intestino e até no diafragma e pulmão em casos raros.

A Dra. Fabyulla Amaral Fernandes, ginecologista e membro do corpo Clínico da Awor Mulher, descreve que “o que pode parecer uma simples cólica menstrual pode ser, na verdade, um sinal de endometriose. Quanto mais cedo ela for diagnosticada, melhores são as chances de tratamento”, explica.

Além desse sintoma, são outros sinais de alerta para essa condição: dores durante a relação sexual, infertilidade, alterações urinárias e intestinais ao longo do período menstrual, cansaço extremo e dores pélvicas. Toda queixa deve ser valorizada pelo médico, o diagnóstico muitas vezes demora, pois a paciente e o médico consideram normais alguns sintomas como cólica e dor na relação sexual.

Vale ressaltar, ainda, que em alguns casos, esse distúrbio é assintomático, o que pode acarretar um atraso ainda maior no diagnóstico. Muitas vezes, ele só é detectado durante testes de avaliação de infertilidade. “Por isso, fazer os exames de rotina é tão importante. Mesmo sem dores, o especialista pode descobrir que há algo errado até pelo exame clínico”, completa Fabyulla.

As principais formas de diagnosticar a doença são os exames de imagem como ultrassonografia transvaginal, ressonância magnética da pelve e videolaparoscopia, que permitem explorar a região e verificar se há algum distúrbio.

A causa da endometriose ainda é tema de muita discussão e apresenta várias teorias. A mais aceita é a teoria de Sampson da menstruação retrógrada, quando o sangue menstrual reflui pelas tubas uterinas durante o período menstrual e o tecido endometrial cai na cavidade abdominal e pélvica e se implanta nos tecidos.  Os implantes ocorreriam pela influência de um ambiente hormonal favorável e de fatores imunológicos que não eliminam essas células desse local impróprio.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da endometriose são história familiar, nuliparidade (ausência de filhos), malformações no útero e idade precoce da primeira menstruação. Mulheres que têm vários filhos e que amamentaram têm menores chances de desenvolver a doença. Como atualmente as mulheres têm filhos cada vez mais tarde, aumentam as chances de desenvolver a doença e de ter infertilidade associada.

Em caso de dor pélvica, cólicas fortes e dor nas relações sexuais a mulher não deve adiar a procura do ginecologista. Mesmo na ausência de qualquer sintoma é aconselhado o seguimento ginecológico anual.

Sobre o grupo Awor Saúde

 

O grupo Awor Saúde chega à Região Metropolitana de Belo Horizonte para oferecer atendimento e tratamento médico diferenciados. Em um único lugar, os pacientes encontram toda a infraestrutura necessária para consultas e exames com praticidade, conforto, qualidade e tecnologia de ponta.

Localizadas no Complexo Lifecenter, estão as unidades Awor Oftalmologia, Awor Otorrinolaringologia, Awor Mulher e Awor Longevidade. Lá, várias especialidades médicas estão disponíveis, como: oftalmologia, otorrinolaringologia, mastologia, ginecologia e obstetrícia, geriatria, endocrinologia, cardiologia, nefrologia, gastroenterologia e urologia.

A Awor Saúde conta também com unidades multiespecialidade localizadas nos bairros Barreiro (Belo Horizonte) e Eldorado (Contagem).

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